LUCIANE RIBEIRO DAS GRAÇAS
Segundo o texto Cibercultura do autor Pierre e Levy, edição Trans, os meios de comunicação vem crescendo cada vez mais. E cabe a nós sabermos explorar da melhor maneira possível essas novas tecnologias. É claro que elas não vão resolver todos os problemas do mundo, mas pode auxiliar em várias ocasiões.
Primeiramente o autor define os termos: "ciberespaço" e "cibercultura", o ciberspaço, também chamado de rede, é o novo meio de comunicação que surge da interconexão mundial dos computadores. O texto especifica não apenas a infra-estrutura mundial da comunicação digital, mas também o universo oceânico de inforamções que ela abriga, assim como os seres humanos que navegam e alimentam esse universo. Quanto ao neologismo "cibercultura", especifica aqui o conjunto de tecnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolve juntamente com o ciberespaço.
Não seria a forma mais correta julgar as novas tecnologias como se elas não pudessem contribuir em nenhum sentido, o mais adequado é saber utilizar cada novo instrumento na hora certa e de forma correta.
Em uma passagem do texto, o autor fala do momento em que surgiu o cinema, ao nascer, foi desprezado como um meio de embotamento mecânico das massas por quase todos os intelectuais bem-pensantes, assim como pelos porta-vozes iniciais da cultura. Hoje, no entanto, o cinema é reconhecido como uma arte completa. Não que todos os filmes sejam excelentes. Bem como seria absurdo dizer que tudo que é feito com as redes digitais seja "bom". O correto, é que permaneçamos abertos, benevolentes, receptivos em relação à novidades. Que tentemos compreendê-la, pois a verdadeira questão não é ser contra ou a favor, mas sim reconhecer as mudanças qualitativas na ecologia dos signos, o ambiente inédito que resulta da extenção das novas redes de comunicação para a vida social e cultural. Apenas dessa forma seremos capazes de desenvolver estas novas tecnologias dentro de uma perspectiva humanista.
É verdade que a cibercultura se tornará o centro de gravidade da galaxia cultural do século XXI, mas a proposição segundo a qual o virtual irá substituir o real, ou que não. poderemos distinguir um do outro, nada mais é do que um jogo de palavras malfeito, que desconhece quase todos os significados do conceito de virtualidade.
Quando falamos do impacto das novas tecnologias, a maioria das grandes trasnformações técnicas desses últimos anos não foram decidadas pelas grandes companhias que em geral são os alvos prediletos das críticas chorosas. A crítica nada mais faz além de colocar em cena os espantalhos desmoralizantes de sempre e deixa passar em silêncio o movimento social, ingnorando-o ou caluniando-o, temos o direito de duvidar de seu carater progressista.
A cibercultura surge como a solução parcial para os problemas da época anterior, mas constitui em si mesma um intenso campo de problemas e de conflitos para os quais nenhuma perspectiva de solução global já pode ser traçada claramente. As relações com o saber, o trabalho, o emprego, a moeda, a democracia e o estado devem ser reinventadas, para criara apenas algumas das formas sociais mais brutamente atingidas. Em certo sentido de cultura. A cibercultura expressa uma mutação fundamenal da própria essência da cultura.
Sendo propagada por um movimento social muito amplo, a cibercultura que anuncia e acarreta uma evolução profunda da civilização. O papel do pensamento crítico é o de intervir em sua orientação em, suas modalidades de desenvolvimento. Em particular, a crítica progressista pode esforçar-se para trazer á tona os aspectos mais positivos e originais das evoluçõe em andamento. Assim, ajudariaa evitar que a montanha do ciberespaço dê a luz à camundongos que seriam a reprodução do midiático em maior escala ou o puro e simples advento do supermercado planetário on- line.
O ciberspaço não muda nada o fato de que há relações de poder e desigualdades econômicas entre os humanos. Mas, pegar um exemplo facilmente compreensível, o poder e a riqueza não se distribuem nem se exercem da mesma maneira em uma sociedade de castas, com privilégios hereditários, economicamente bloqueados pelos monopólios corporativos cujos cidadãos tem os mesmos direitos, cujas leis favorecem a livre empresa e lutma contra os monopólios.
De acordo com o texto, o principal sentido da cultura do futuro é o conceito universal sem totalidade. A totalidade é uma unidade estabilizada do sentido de uma de uma diversidade. Que essa unidade ou essa identidade sejam orgânicas, dialéticas ou complexas e não simples ou mecânicas, não altera nada: Continua sendo uma totalidade, ou seja, um fechamento abrangente.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário