quarta-feira, 7 de outubro de 2009


Capítulo X – A NOVA RELAÇÃO COM O SABER (Josiely Chaves)

Segundo o texto qualquer reflexão sobre o futuro dos sistemas de educação e de formação na cibercultura deve ser fundada em uma analise da mutação contemporânea da relação com o saber. Há três constatações em relação a estas reflexões, a primeira é o surgimento e a renovação dos saberes, a segunda diz respeito à nova natureza do trabalho, que não para de crescer, trabalhar quer dizer, cada vez mais aprender, transmitir saberes e produzir conhecimentos e a terceira é a amplificação, exteriorização e a modificação numerosas funções cognitivas humanas, das tecnologias intelectuais.
O saber fluxo, o trabalho-transação de conhecimento, as novas tecnologias da inteligência individual e coletiva mudam os dados do problema da educação e da formação. Devemos erguer novos modelos do espaço dos conhecimentos, ao invés de uma representação em escala linear, em níveis, deveríamos preferir a imagem de espaços de conhecimentos emergentes, abertos, se reorganizando de acordo com os objetivos ou os contextos, nos quais cada um ocupa uma posição singular e evolutiva. Seriam necessárias duas reformas nos sistemas de educação e formação (EAD – ensino aberto e a distância); primeiro seria além da exploração de certas técnicas de ensino a distância, o essencial seria encontrar um novo estilo de pedagogia, que favorece ao mesmo tempo a aprendizagem coletiva em rede, a segunda diz respeito ao reconhecimento das experiências adquiridas.
As ferramentas do ciberespaço permitem pensar vastos sistemas de testes automatizados acessíveis a qualquer competência, o irrefreável crescimento indica traços de uma cultura que deseja nascer. Na Web, tudo se encontra no mesmo plano, mas tudo é distinguido, e muda constantemente. A partir do sec. XX, com a ampliação do mundo, a progressiva descoberta de sua diversidade, o crescimento cada vez mais rápido dos conhecimentos.
O ciberespaço não significa de forma alguma que tudo pode ser acessado, mas antes que Todo está definitivamente fora do alcance. As paginas da Web exprimem idéias, desejos, saberes... no ciberespaço o saber não pode mais ser concebido como algo abstrato ou transcendente.
O ciberespaço trás uma tecnologia intelectual, que permite os grupos compartilhar, negociar, refinar modelos mentais comuns, mas tanto em plano cognitivo como no da organização do trabalho, as tecnologias intelectuais devem ser pensadas em termos de articulação e de criação de sinergia, e não de acordo com o esquema da substituição.
As técnicas de simulação têm hoje papel crescente nas atividades de pesquisa cientifica de criação industrial, de gerenciamento...
Hoje não temos mais a inteligência artificial, mas sim a inteligência coletiva, o saber, a valorização e a criação de sinergia entre as competências, imaginações e as energias intelectuais.

XI- AS MUTAÇÕES DA EDUCAÇÃO E A ECONOMIA DO SABER
Os sistemas educativos encontram-se hoje submetidos a novas restrições no que diz respeito à quantidade, diversidade e velocidade de evolução dos saberes, de formação maior do que nunca, a maioria de uma faixa etária que cursa algum tipo de ensino secundário, quase metade da sociedade está, ou gostaria de estar, na escola.
Será necessário, portanto, buscar encontrar soluções que utilizem técnicas capazes de ampliar o esforço pedagógico dos professores e dos formadores, existem muitas possibilidades técnicas, mais ou menos pertinentes de acordo com o conteúdo, a situação e as necessidades do ensinado.
A demanda de formação não apenas conhece um enorme crescimento quantitativo, ela sofre também ma profunda mutação qualitativa no sentido de uma necessidade crescente de diversificação e de personalização.
Levy relata um novo paradigma de navegação que se desenvolve nas praticas de levantamento de informações e de aprendizagem cooperativa no centro do ciberespaço mostra a via para um acesso ao conhecimento ao mesmo tempo massificado e personalizado, que podem ser seguidos a distancia na Web.
Especialistas deste campo reconhecem que a distinção entre ensino presencial e ensino a distância será cada vez mais pertinente a aprendizagem a distância foi durante muito tempo o estepe do ensino. Da aprendizagem aberta à aprendizagem a distância é semelhante à sociedade da informação como um todo (a sociedade de rede de velocidade, de personalização...).
O ponto principal na aprendizagem coletiva dos professores é a mudança qualitativa dos processos de aprendizagem menos transferindo cursos clássicos para formatos hipermídia interativos ou abolir a distancia, o professor torna- se um animador da inteligência coletiva dos grupos. As reflexões e as praticas sobre a incidência da nova tecnologia da educação desenvolveram em vários eixos: a informática oferece maquinas de ensinar, considerados como instrumentos de comunicação, de pesquisa, de calculo...
Cada individuo, cada instituição deve animar uma nova economia do conhecimento, para ser considerados como recursos de aprendizagem, potenciais, ao serviço de percurso de formação.
Após o fim dos anos 60, começamos a experimentar uma relação com o conhecimento, ignorada por nossos ancestrais.
Uma vez que os indivíduos aprendem cada vez mais fora do sistema acadêmico, cabe ao sistema de educação implementar procedimentos de reconhecimento dos saberes adquiridos na vida social e profissional.



XII- AS ÁRVORES DE CONHECIMENTOS, UM INSTRUMENTO PARA INTELIGÊNCIA COLETIVA DA EDUCAÇÃO E DA FORMAÇÃO
As aprendizagens personalizadas por meio de navegação e orientação dos estudantes têm destotalizando aprendizagens cooperativas, inteligências coletivas no centro de comunidades virtuais.
Graças a essas abordagens cada membro de uma comunidade pode fazer a diversidade de suas competências, seja ela reconhecida ou não avaliada pelos sistemas escolares ou universitários clássicos.
No nível de uma localidade o sistema das árvores de competências pode contribuir para lutar contra a exclusão daqueles que não possuem nenhum nível de redes de escolas e de universidades, o sistema permite empregar uma pedagogia cooperativa descompartimentalizada e personalizada, todos os pais hoje possuem um diploma diferenciado dos outros.
Durante 94 e 95 um projeto internacional utilizado nas árvores de conhecimentos financiado pela União Européia, foi desenvolvido pelo departamento de cinco universidades.
Nota se que o estudante é levado a pensar sobre as competências que deseja adquirir, e apenas depois ele consulta as informações sobre as matérias que ele poderá cursar para adquirir essas competências. A perspectiva traçada aqui não requer de forma alguma o apoio de decisões centrais e organizadas em grande escala.
Para Levy é necessário repartir, e conectar arvores menores em maiores, da mesma maneira que é na cibercultura, que propõem uma abordagem universal.


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